A nanotecnologia pode ser definida como a manipulação da matéria em nanoescala. Ela inclui o desenvolvimento de materiais associados a diversas áreas, como eletrônica, computação, física, química, biologia, e o que abordaremos aqui: Medicina.
Já se foi o tempo em que só se viam nanorobôs nos filmes de ficção. A medicina tem feito uso cada vez maior da tecnologia e diversas pesquisas na área estão em curso atualmente, embora no Brasil as coisas ainda estejam lentas nesse sentido. Apesar do nosso país já vir atentando para a nanotecnologia há alguns anos, o número de artigos, patentes e material científico produzido por nós ainda é pequeno se comparado a outros países como Estados Unidos e Japão.
Problemas do uso de nanotecnologia
Por ser uma tecnologia relativamente nova, ainda não sabemos com certeza todas as implicações do seu uso e, por isso, existem diversas pesquisas em curso para determinar até que ponto os nanorobôs, em especial, são seguros e atóxicos para o organismo humano.
O comitê da House of Lords of the British Parliament apresentou algumas preocupações em um relatório, dentre elas o tamanho e a mobilidade da partícula que, se ingerida, poderia penetrar membranas celulares da parece estomacal, acessar o cérebro ou até o interior de células. Também foi levantada a questão de nanopartículas insolúveis que poderiam acumular e danificar os órgãos.
Entretanto, segundo o National Cancer Institute, dos Estados Unidos, existem muitas nano partículas na natureza em níveis mais elevados do que as partículas artificiais que estão sendo analisadas e, portanto, a quantidade de nano partículas no nosso corpo e a interação com o organismo não seria um problema.
Vantagens e futuro da nanotecnologia
Com o uso da nanotecnologia, os diagnósticos podem ser feitos cada vez mais rapidamente e a administração de medicamentos pode ser feita de maneira mais precisa. Por exemplo: Se o paciente tem um tumor maligno, os robôs podem levar drogas diretamente para as células cancerígenas. Isso pode afetar diretamente o tratamento para doenças como câncer e Alzheimer, nas quais os fármacos circulam por todo o corpo do paciente e causam inúmeros efeitos colaterais.
Algumas dessas aplicações já são possíveis atualmente, embora necessitem de aprimoramento. Alguns exemplos disso são o nanorobô de DNA desenvolvido pela Harvard University, que foi baseado na estrutura de um vírus e possui uma espécie de gaiola onde podem ser armazenados medicamentos, os quais são entregues pelo próprio nano robô para as células doentes, e o nano robô anunciado em 2014 pela Google, que deverá ser capaz de identificar patologias de forma precoce no organismo das pessoas. Após o paciente tomar uma pílula com milhares desses dispositivos, eles farão uma varredura no organismo da pessoa e enviarão mensagens para uma pulseira, dando o diagnóstico ao paciente.
Além disso, as terapias de manipulação de DNA podem enfrentar avanços promissores com a ajuda da nanotecnologia na saúde. A ideia é que nano robôs possam examinar sessões de DNA, trabalhar neles e até se movimentar por elas e reparar células danificadas, o que pode ser o caminho para a cura de doenças genéticas. Também há a possibilidade de se reconstruir certos tecidos humanos e desobstruir coágulos sanguíneos no cérebro de maneira menos invasiva para evitar AVCs.
Tudo isso mostra a importância do avanço da nanotecnologia na Saúde. Inicialmente, os nanorobôs e nanopartículas podem trazer medo e estranhamento, mas, se bem desenvolvidos, podem ser de suma importância para o desenvolvimento de tratamentos e até mesmo curas de enfermidades que hoje são quase inexploradas.
Você pode entender mais sobre o uso da nanotecnologia na saúde aqui.
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